‘Preferi apoiá-lo’, diz mãe que deixou igreja evangélica após pastor afirmar que seu filho gay ‘tinha demônio’

Imagem: Reprodução/TV Globo

A auxiliar de limpeza Cátia Vedeschi é mãe de Guilherme, que é maquiador. ‘Estou feliz de poder falar que tenho uma família que me respeita’, afirma o rapaz.

Durante dois meses, o Profissão Repórter acompanhou as atividades do coletivo Mães Pela Diversidade, em São Paulo. Criado em 2014 por mães de filhos LGBTQIA+ e com atuação em quase todo o Brasil, o grupo busca dar uma rede de apoio e conscientizar as pessoas contra o preconceito.

Uma das integrantes que nossa equipe conheceu foi a auxiliar de limpeza Cátia Vedeschi, que acabou abrindo mão de frequentar o templo religioso onde ia por causa das coisas que ouviu.

“Eu era evangélica. Porque o pastor falava que o meu filho tinha demônio, eu preferi sair da igreja e apoiar meu filho”, contou ela.

Apesar de ter deixado a igreja, Cátia não perdeu a fé e ora sempre; assiste a cultos online. No trabalho, a colega e melhor amiga, relembra: “Quando ela soube, foi difícil para ela. Mas ela sempre apoiou o filho dela”.

Guilherme, filho e Cátia, é maquiador e mora com ela. Questionado como foi se assumir para a mãe, ele se emociona ao falar do apoio que recebeu.

“Acho que eu posso dizer que ela foi a melhor mãe na questão de falar que ia estar comigo, independente de qualquer coisa. Tem muitas pessoas LGBTQIA+ que tem mães religiosas, mas as mães não querem saber. Tipo, é essa a minha opinião, eu não vou te respeitar, eu não vou te aceitar e acabou. Estou feliz de poder falar que tenho uma família que me respeita”, afirma.

Informações do Programa Profissão Repórter

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