Presença de mulheres protestantes entre encarceradas na Bahia chama atenção em pesquisa da Defensoria Pública

Defensoria Pública da Bahia — Foto: Divulgação/DPE-BA

Estudo revela que 18% das presas são protestantes e 92% são negras

Uma pesquisa realizada pela Defensoria Pública da Bahia (DPE-BA) mostrou que das 286 mulheres encarceradas nos sete estabelecimentos prisionais femininos do estado, 92% são negras. Além disso, o estudo divulgado na quarta-feira (29) revelou que 18% das presas são protestantes, enquanto 52% são católicas, 4% de outras religiões e 26% ateias.

Os dados também mostraram a realidade econômica das mulheres encarceradas, uma vez que 71% delas não possuíam qualquer fonte de renda antes da prisão, enquanto 20% recebiam entre R$ 500 e um salário mínimo, e apenas 9% recebiam de 1 a 2 salários mínimos.

A maioria das mulheres presas na Bahia são jovens entre 18 e 29 anos (52% das entrevistadas), seguidas por mulheres entre 30 e 40 anos (32%). Em relação à educação, apenas 10% possuem ensino médio completo, enquanto 3% não foram alfabetizadas e 8% são alfabetizadas.

Além disso, o estudo apontou que 82% das mulheres encarceradas são solteiras, enquanto 15% têm quatro ou mais filhos. Apenas 1,5% são viúvas, 0,5% estão divorciadas e 3% são casadas. Quanto à orientação sexual, 97% das presas se identificam como heterossexuais e 3% como lésbicas.

É importante ressaltar que os dados foram coletados sem entrevistas ou mediações e se referem apenas às mulheres cujos processos foram avaliados pela pesquisa da DPE-BA.

Portal Cidade Gospel,com informações do G1 Bahia

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