Professor da UFRRJ afirma que “Jesus era pedófilo” e causa indignação

1O filósofo Paulo Ghiraldelli, professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), publicou um artigo em seu blog no início do mês intitulado “Pedofilia saudável. Jesus era pedófilo”.

 

Em seu texto, Ghiraldelli defende que a palavra pedofilia, em sua origem grega, indica filiação, amor de amigo, sócio ou parceiro — e não um amor erótico, como é definida e compreendida atualmente.

 

“Jesus era evidentemente pedófilo nos termos do mundo antigo. Ele tornou isso claro: ‘vinde a mim as criancinhas’, disse ele. Jesus gostava de criança”, diz um trecho do artigo do professor.

 

“Quando Jesus chamou as crianças, agiu como nós hoje com bebês, cães e ‘decotes’. Ficou feliz. Talvez até quisesse dar de mamar às crianças. Muitos pais (homens, sim!) dão de mamar às crianças, pois só a presença e o choro delas desenvolvem glândulas mamárias de adultos sensíveis próximos”, continua Ghiraldelli.

 

“As crianças fazem parte disso, nos deixam alegres. Despertam em nós o nosso lado bom, nossa pedofilia quase que instintiva. Há em nós um Jesus pedófilo, felizmente. Ou seja, em termos não modernos, um Jesus que gosta de crianças”, acrescenta o filósofo.

 

Em resposta ao artigo, o músico Nando Moura, da banda Pandora 101, ressaltou que na realidade, Ghiraldelli fez um jogo entre a etimologia (que estuda a origem das palavras) e a semântica (que explora o sentido e a interpretação das palavras).

 

“O que você quer é fazer esse jogo para desestigmar a palavra pedofilia e relativizar ela, de forma que você diz no seu artigo: ‘Veja lá que na Holanda, com 12 anos, você pode ‘traçar’ as criancinhas; as criancinhas fazem ‘troca-troca’ muito cedo, é normal um adulto querer ter ‘troca-troca’ com as criancinhas também”, diz o músico sobre alguns trechos do artigo.

 

“Quando a gente diz aqui que, no futuro, os caras vão legalizar esse negócio, nós não estamos brincando”, lamenta Moura. “É realmente isso que nós queremos dizer”.

 

“Esse é o nível dos professores de faculdade. Fazem essa confusão para chocar, e depois, no meio do texto, começam a relativizar as coisas, mexendo na sua cabeça para que tudo se torne relativo. Isso se chama marxismo cultural”, finaliza o músico.

 

Paulo Ghiraldelli, em um outro vídeo publicado nesta terça-feira (17), gravou uma resposta à crítica de Nando Moura. No entanto, com apenas 7 segundos de duração, o filósofo se limitou a dar risadas.

 

GUIAME

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