Profissão Repórter acusa igrejas de instigarem preconceito entre indígenas

O programa Profissão Repórter da última quinta-feira, 27 de setembro, mostrou casos de conflitos entre indígenas e fazendeiros em diferentes estados, e numa das comunidades, o caso de um índio homossexual gerou uma especulação por parte da jornalista que produziu a matéria no local.

 

Segundo a repórter Mayara Teixeira, que visitou a comunidade Ticuna, em Tabatinga (AM), a influência das igrejas evangélicas sobre a cultura dos indígenas estava influenciando em repressão ao índio homossexual.

 

A comunidade criou, em 2008, uma guarda voluntária formada por índios, e eles atuam na contenção de conflitos entre os próprios indígenas. O Profissão Repórter mostrou que houve uma circunstância em que o homossexual foi preso apenas por conta de sua orientação.

 

Em uma conversa entre Mayara Teixeira e o apresentador Caco Barcellos, na redação do programa, a jovem jornalista transpareceu suas impressões, mas sem mostrar depoimentos ou imagens que corroborassem a ideia de que o preconceito contra o índio homossexual era instigado pelas igrejas.

 

“Nessa casa a gente percebeu que eles só foram porque ele era homossexual”, disse Teixeira, acrescentando que, “o que a gente percebeu é que isso é uma influência da cidade na cultura indígena”. E emendou: “Tem uma grande entrada de igrejas lá dentro”.

 

Ao todo, a guarda indígena conta com 45 voluntários, que se dedicam a rondas noturnas para combater o consumo de álcool e drogas, e dessa forma, tentar minimizar a violência na comunidade.

 

O Profissão Repórter destacou que a ação da guarda é controversa, já que os voluntários entram nas casas dos indígenas da comunidade sem autorização, e fazem apreensões. Em casos extremos, levam os suspeitos para uma prisão no centro da comunidade, onde os envolvidos passam até 48 horas, sem comida e sem alimento.

 

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