Secretaria de Saúde pode adotar um “Projeto Piloto” como novo aliado ao combate à dengue

A construção de um programa conjunto para reduzir o número de casos de dengue no Município, que em 2018 apresentou 2.264 casos prováveis, conforme dados levantados pela Secretaria de Saúde do Estado, foi o tema da explanação do médico infectologista Roberto Badaró, no Salão de Reunião do Paço Maria Quitéria, na manhã desta quarta-feira, 21.

 

PhD em Imunologia e Doenças Infecciosas, Badaró é subsecretário de Saúde do Estado e, dentre outros títulos, professor Livre Docente da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Estado de São Paulo, e Titular da Universidade Federal da Bahia.

 

Roberto Badaró trouxe uma abordagem complexa e detalhada sobre a evolução da dengue na Bahia, com ênfase nos métodos que veem sendo utilizados para combater o aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue.

 

Uma armadilha desenvolvida em parceria com Secretaria de Saúde do Estado e a Faculdade de Tecnologia Senai/Cimatec, a partir de um protótipo-conceito do biólogo Eduardo Oyama, poderá ser a mais nova ferramenta disponibilizada pela Secretaria Municipal de Saúde para intensificar o combate à dengue.

 

O dispositivo, testado no bairro de Plataforma, em Salvador, foi projetado com o objetivo de controlar o índice de infestação predial. Chamadas de Letal Ovitramp, as armadilhas são compostas de três peças: o vasilhame onde a água é coletada, um funil inclinado e uma tampa.

 

O mosquito é atraído pela tampa escura (na cor preta) que oferece a proteção necessária para o desenvolvimento da larva e, no contato com a água, os ovos são depositados e eclodem.

 

A larva, em sua primeira fase, desce pelo funil em busca de alimento. Ao retornar para respirar na superfície (o sistema de vedação não permite a entrada de ar) morre afogada. Como a larva sobe em linha reta o recipiente, ela não consegue alcançar a abertura do funil inclinado.

 

Ao prefeito Colbert Martins Filho, à secretária Denise Mascarenhas (Saúde), e a Edilson Matos (coordenador de endemias), o protótipo apresentado pelo biólogo Eduardo Oyama (que auxiliou Roberto Badaró, em sua explanação) é confeccionado em polipropileno.

 

Com vistas a criar um projeto “Projeto Piloto” em Feira de Santana, agentes de endemias da Secretaria de Saúde do Município vão se reunir com técnicos da Secretaria de Saúde do Estado, em Salvador, no próximo dia 28.

 

“Vamos participar deste processo, dentro de uma situação específica econômica, que nos permita aplicar esta proposta no Município, que teve o maior número de dengue na Bahia, até agora. Nesta reunião construiremos a melhor estratégia possível para usar num projeto piloto”, disse o prefeito.
Secom

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