Tinta da tatuagem entra no corpo e fixa nos gânglios linfáticos

Na hora de fazer uma tatuagem não se deve ter apenas em conta o tipo de desenho que se quer e o possível significado que vai ter. Obter o máximo de informação sobre o estúdio de tatuagens e sobre os componentes que formam a tinta é fundamental e um recente estudo comprova isso.

São várias as pesquisas realizadas sobre as tatuagens e alguns estudos consideram-na uma agressão interna e externa, capaz de afetar a forma como o corpo liberta o suor e ainda o próprio rendimento físico. Mas há mais: um estudo publicado esta semana na revista Scientific Reports da Nature conclui que a tinta usada para as tatuagens viaja pelo corpo em forma de micro e nanopartículas que só param quando alcançam os gânglios linfáticos, responsáveis por limpar o sistema linfático de substâncias estranhas (como bactérias e células cancerígenas) e por protegerem o sistema imunológico, entre outras funções.

 

De acordo com a investigação, realizada por cientistas alemães e franceses, são claras as evidências de que existe o transporte de vários pigmentos orgânicos e não orgâncos e ainda de impurezas tóxicas em tecidos tatuados, facilitando a penetração na pele e a posterior passagem para o organismo.

 

A pesquisa recorreu à tecnologia fluorescente de raio-X, aplicada numa autópsia feita a quatro homens tatuados, informa a revista Health. Entre as partículas que podem ser encontradas nas tintas de tatuagem estão os pigmentos orgânicos, mas também compostos como níquel, cromo e colbato, sendo ainda comum encontrar carvão preto e dióxido de titânio.

 

Apesar de as partículas encontradas serem minúsculas, a verdade é que os cientistas destacam o impacto que conseguem ter, podendo levar a inflamação e inchaço crônico dos gânglios linfáticos. Inflamações cutâneas podem também ocorrer com este ‘alojamento’ indesejado, assim como um sistema imunológico mais desprotegido e à mercê de agressões variadas, como o câncer.

 

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