Viúvos e divorciados: corações à espera de uma nova chance de ser feliz

Recomeçar é sempre um processo difícil, mas possível com a ajuda de Deus e da igreja. Foto: Freepick

Os desafios da igreja em deixar o preconceito de lado e acolher aqueles que desejam recomeçar a sua vida amorosa.

Ser viúvo (a) ou divorciado (a) em algumas igrejas evangélicas é quase uma sentença de solidão eterna. Aliás, para quem está nessa situação, muitas vezes sente como se tivesse uma doença contagiosa que ninguém quer chegar perto. E daí o processo de recomeçar é ainda mais difícil e doloroso, pois quem busca um novo amor costuma ser taxado de “encalhado” quando, na verdade, a pessoa não está nessa situação porque quer, mas sim por conta de diversos fatores que vão desde o adultério até o falecimento do cônjuge.

“Já vivenciamos e também ouvimos relatos com pessoas divorciadas e solteiras onde infelizmente o preconceito ainda é presente dentro da igreja. Talvez por a membresia não compreender o regimento e as doutrinas daquela determinada denominação. Sendo assim, outros membros julgam esse grupo de estarem com um testemunho impróprio”, ressalta Andréia Albina Alves, líder do Ministério Aprisco da Assembleia de Deus Nova Vida, que cuida dos solteiros adultos, viúvos e divorciados.

Ela explica que a Palavra de Deus não aprova o divórcio, mas também não é contra quem deseja recomeçar. Contudo, é preciso estar ciente de que as consequências ficam.

“A Bíblia abomina o divórcio, mas há casos onde o divorciado se torna uma vítima. Em Mateus 19:7,8 perguntaram a Jesus o por quê de Moises ter dado carta de divórcio e Cristo foi enfático ao afirmar que foi por causa da ‘dureza de coração do homem’. Então, mesmo acreditando que a misericórdia e a graça de Deus estão sobre a vida do solteiro, do viúvo e do divorciado, as consequências são inevitáveis”, afirma.

Por outro lado, Andréia enfatiza a importância da igreja em acolher esse grupo e criar meios para tentar ajudá-los. “É preciso fazer eventos no qual essas pessoas venham a ser inseridas não só como participantes, mas em um todo, para que não se sintam apenas acolhidas, mas úteis. Sendo assim, elas terão a oportunidade de desenvolver e conviver com amizades saudáveis, que acreditam na mesma fé”, justifica.

Já para o grupo dos solteiros, divorciados ou viúvos a dica é não ficar “envergonhado” ou se sentir “encalhado” por participar de alguma programação da igreja nesse sentido, pois esse tipo de sentimento cria paredes que impedem de conhecer outras pessoas e de ser feliz novamente.

“O primeiro passo para recomeçar é conversar com Deus, abrir o coração para que o Senhor nos ajude nesse processo, limpando todo entulho que está dentro de nossa mente e do nosso coração, pois não podemos permitir que o problema do passado destrua o nosso presente e futuro. Busque a convicção do grande valor que temos para o Senhor. E se mantenha fiel a Deus até que Ele reescreva uma nova história, pois ao sermos obedientes a Sua vontade, as bênçãos nos seguirão em todas as áreas”, orienta Andréia.

Revista Comunhão- Por Cristiano Stefenoni

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