Wagner critica PT por ataques a Marina

340x255_jaques-wagner-pt-eleicoes-2014-vota-bahia_1455529O governador Jaques Wagner (PT) criticou os ataques feitos por seu partido a Marina Silva (PSB) durante o primeiro turno das eleições. “Marina é uma mulher do bem, que se move na política por ideias, não por mesquinharia. Acho que o tom não devia ser esse (de ataques). Critico o tom porque não é por aí que você ganha uma eleição. O povo não gosta disso”, disse ele, em entrevista publicada no jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira, 13.

 

Questionado se Aécio Neves (PSDB) teria os mesmos ideais, o governador da Bahia endureceu o discurso: “A trajetória de Marina é diferente da de Aécio. Ele é herdeiro, não construiu uma caminhada. Tudo o que faz é esse antipetismo. Além disso, mente muito sobre Minas”.

 

Wagner ressaltou ainda que o tucano foi rejeitado pelos eleitores do seu estado, já que a presidente Dilma Rousseff (PT) foi a mais votada em Minas Gerais. O petista justificou esse cenário falando que o povo não reconheceu Aécio como um homem direito e trabalhador. “Para sentar na cadeira de presidente, tem que trabalhar muito. E ele não tem muito apreço pelo trabalho”, afirmou.

 

Em dois momentos da entrevista, Wagner disse que Aécio estava passeando no Rio de Janeiro e que ele bebe em uma tentativa de mostrar um lado bon vivant do tucano. O governador petista também questionou a ética do adversário de Dilma. “Não reconheço em Aécio Neves alguém que possa dar aula de ética”, disse o governador, ao falar sobre a campanha tucana, que destaca a denúncia de corrupção na Petrobras.

 

Para Wagner, apenas o financiamento público de campanha conteria a corrupção. Ele disse que o PT errou ao “não ter tido mais pulso para fazer a reforma política”. O petista defendeu a necessidade de destruir a máquina eleitoral, acabando com a reeleição e barganha por tempo de TV.
O governador da Bahia acha que Aécio não tem intenção de realizar a reforma política. “A única coisa (ele) fala é sobre o fim da reeleição, para atender a pedido do [governador de SP, Geraldo] Alckmin. No fundo, não é um interesse nobre”, criticou.
Eduardo Martins | Ag. A TARDE

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