Direção diz que Hospital Evangélico pode parar por falta de dinheiro

A direção do Hospital Evangélico de Curitiba afirmou à Justiça que o hospital pode parar por falta de dinheiro, principalmente em virtude de dívidas trabalhistas.

 

O hospital está sob intervenção da Justiça do Trabalho desde 2014 – para resolver o problema, um leilão estava marcado para a sexta-feira (4), mas foi suspenso, sem nova data definida.

 

A dívida chega a R$ 400 milhões. Nos corredores, é possível ver o reflexo do déficit: camas quebradas no corredor, quartos abandonados, equipamentos estragados e 70 leitos sem uso.

 

O adiamento da venda levou o interventor, Ladislau Zavadil Neto, a entregar um documento à Justiça em que reclama da falta de uma série de problemas. Em um dos pontos, ele diz que a Secretaria de Saúde deixou de enviar R$ 400 mil por mês desde janeiro.

 

“(…) importante ressaltar que toda essa situação pode levar à paralisação das atividades do Hospital Evangélico por horas, dias, e até definitivamente, acaso uma solução não se apresente brevemente”, sugere o interventor no documento.

 

Nos últimos dias, para agravar ainda mais a crise, alguns equipamentos importantes quebraram, como um usado para procedimentos cardíacos, como a angioplastia. O hospital diz não ter verba para o conserto.

 

O Evangélico atende 35 mil pessoas por mês – 95% pelo Sistema Único de Saúde -, é referência no tratamento de queimados e recebe metade dos casos de emergência de Curitiba e Região Metropolitana de Curitiba.

 

A governadora Cida Borghetti (Progressistas) garantiu que o pagamento referente a maio será feito até o dia 15. Ela disse que não há possibilidade do fechamento do hospital.

 

 

G1 PARANÁ

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