“Em todos os momentos Deus tem cuidado de mim”, diz mãe que luta contra o câncer

Ser mãe é um desafio e tanto. Mas, e ser mãe depois de descobrir que se está com câncer? A administradora Valquíria Dill, de 35 anos, pode falar sobre isso. Em entrevista para o site Notícias Adventistas, a mãe de duas meninas relata como passou a olhar para a família de forma diferente, após seu diagnóstico.

 

“A minha maternidade, antes da doença, era de uma forma normal, comum. Trabalho, carreira, trabalhava fora e deixava as crianças em casa com a babá. Mas, nessa corrida, nessa vida de pouco tempo e de muito trabalho. Quando eu tive o diagnóstico de câncer foi como se todos os meus princípios… É como se eu tivesse recebido uma bomba e tudo aquilo que eu prezava, por valores e princípios caíram ao chão”, ressalta.

 

“E do chão, nesse momento, você resgata aquilo que realmente tem valor. E do chão eu resgatei a minha família e as minhas filhas. E aprendi a valorizar e dar valor ao que realmente tem valor. Comecei a enxergar a maternidade de uma forma mais plena. De uma forma mais completa. De uma forma a entender e entregar e deixar marcas nas minhas filhas”, comenta.

 

“Marcas de que a nossa vida não se resume somente a esse mundo, mas que no final das contas nós estamos nos preparando pro céu e é lá que eu quero encontrá-las. E é pra lá que eu quero levá-las. E por isso como mãe, hoje, a minha vida se resume a viver essa vida, a deixar marcas nas vidas delas. Que elas desejem, que almejem e que estejam no céu comigo”, pontuou.

 

Câncer: um grande desafio

 

Valquíria descobriu a doença há três anos. “Quando descobri estava no estágio terminal e tem sido uma luta de altos e baixos. Fizemos tratamentos e eles respondiam super bem e depois de algum tempo houve uma recaída. Retomamos com outro tratamento, respondia bem e mais uma recaída. Ao longo desses três anos, foram muitas idas e vindas. Muitos protocolos de quimioterapias diferentes, mas tenho sentido que em todos os momentos, Deus tem cuidado de mim”, diz.

 

“Tive uma médica em Campo Grande que me dizia que eu era o ponto fora da curva. Porque já tínhamos tratado e feito todos os tratamentos e os protocolos de quimioterapia que a literatura previa para este tipo de câncer e não havia obtido os resultados que esperávamos. Porém, ainda estou viva. Com a graça de Deus e para mim é o que basta”, pontuou.

 

Tempo para os filhos

 

“Com a visão de hoje, eu diria para as mães que dediquem o máximo de tempo que puderem aos seus filhos. Nessa jornada e nessa missão de ser mãe, entregue aos seus filhos tudo aquilo que você puder. Dediquem tempo, sentem no chão para brincar com eles. Entregue sua vida, experiência. Compartilhe aquilo que você é como pessoa e deixe nesses filhos as marcas, as suas marcas”, indica.

 

“Entregue para esses filhos tudo aquilo que realmente vale na vida. Tudo aquilo que você realmente tenta entregar, que é a sua vida. Isso é o que mais importa e é isso que eu tenho feito como mãe. Entregado a elas aquilo que realmente importa. A mim como pessoa, o meu tempo. A minha vida”, finalizou.

 

GUIAME

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