Pesquisa mostra que maioria da população mundial considera que a religião faz mais bem que mal

Uma pesquisa internacional ampla, feita com mais de 17 mil entrevistados, concluiu que a maioria das pessoas concorda que a religião faz mais bem do que mal, e isso tem um impacto profundo na sociedade em que vivemos.

 

A pesquisa, realizada entre adultos com menos de 65 anos em 23 países em todo o mundo, encontra uma divisão de opiniões sobre o impacto da religião no mundo. Países que são mais propensos a acreditar que a religião faz mais mal que o bem tendem a estar na Europa Ocidental – e também a Índia e a Austrália.

 

Porém, a maioria diz que se veem como tolerantes com pessoas com diferentes crenças, de acordo com o instituto Ipsos Global Advisor, responsável pelo levantamento.

 

Os belgas são mais propensos a pensar que a religião fez mais mal do que bem – duas em cada três (68%) concordam com essa afirmação. Na sequência, Alemanha, Espanha e Austrália (cada uma com 63%), completam o time de quatro países em que essa visão é majoritária, em um universo de 23 pesquisados.

 

Do outro lado, o Japão é menos propenso a pensar que a religião fez mais mal do que bem – um em cada quatro (26%) concorda, seguido pela Rússia e Coréia do Sul (ambos com 36%).

 

As pessoas estão divididas no meio quando se trata da importância da religião para a vida moral do país. Metade (50% em média nos 23 países) concordam que as práticas religiosas são um fator importante na vida moral dos cidadãos de seus países (50% também discordam).

 

A Índia e a África do Sul são mais susceptíveis de concordar que a religião é importante para a vida moral (78% e 76%, respectivamente). O Japão (15%) e a Suécia (31%) são menos propensos a concordar.

 

Apesar de uma divisão global sobre o papel da religião, a maioria das pessoas está de acordo quando se trata de tolerância religiosa. Três quartos (74%) dizem que estão “completamente confortáveis” em torno de pessoas que têm diferentes crenças religiosas do que as suas.

 

A África do Sul (90%), a Sérvia (89%) e os Estados Unidos (88%) são os países – dentre os pesquisados – com as proporções mais elevadas, com seus habitantes afirmando que se sentem confortáveis ​​ao redor de pessoas com diferentes religiões. As proporções de pessoas no Japão (58%), Bélgica (62%) e França (63%) são menores – embora ainda formem uma clara maioria.

 

Apenas um em cada seis (16%) mundialmente diz que eles perdem o respeito pelas pessoas quando descobrem que não são religiosas, rebatendo a tese de que exista preconceito contra ateus, agnósticos ou outros. O local onde há maior intolerância a esse grupo de pessoas é a Índia, com 46% dizendo que perderiam o respeito por alguém que não é religioso seguido pela Turquia (24%). Os países menos propensos a dizer que perderiam o respeito são a Hungria (6%) e a Suécia (7%).

 

Outras descobertas da pesquisa incluem:

 

-Indianos e sul-africanos são mais propensos a concordar com a afirmação “Minha religião me define como pessoa” (70% e 66%, respectivamente);

 

-Japoneses são menos propensos a acreditar que a religião faz mais mal do que bem e também é menos provável que concordem com a afirmação “A minha religião me define como uma pessoa” (14%). Suécia (17%), Grã-Bretanha (23%) e França (23%) também são menos propensos a concordar com a afirmação;

 

-Apenas um terço (32%) das pessoas pesquisadas pensa que as pessoas religiosas fazem cidadãos “melhores”. Os índios são mais propensos a concordar (62%), seguidos por pessoas na África do Sul e no Brasil (ambos com 54%). Pessoas no Japão (11%), Suécia (13%) e França (16%) são as menos prováveis ​​de concordar com isso;

 

-No total, 17.401 entrevistas foram realizadas entre 24 de junho e 8 de julho de 2017 entre adultos de 18 a 64 anos nos EUA e no Canadá, e adultos entre 16 e 64 anos em todos os outros países.

 

Gospel +

OUTRAS NOTÍCIAS