Colômbia declara fim de epidemia de zika no país

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A epidemia de zika acabou oficialmente na Colômbia, disse o vice-ministro da Saúde do país nesta segunda-feira (25), 10 meses depois de a doença transmitida por mosquitos ter chegado ao país.

 
O vírus da zika, que pode causar microcefalia e outros problemas neurológicos, infectou quase 100 mil colombianos e deu origem a 21 casos de microcefalia.

 
A declaração da Colômbia foi feita depois de especialistas britânicos terem dito neste mês que o surto levará de dois a três anos para se exaurir.

 
O vice-ministro Fernando Ruiz disse aos jornalistas que o número de infecções vem diminuindo para 600 casos por semana, embora o comunicado não signifique o fim das infecções.

 
“Podemos declarar que a epidemia terminou. A Colômbia é o primeiro país do continente americano a declarar o fim da epidemia”, disse Ruiz, segundo a Reuters.

 
Embora especialistas afirmem que cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus não apresentam sintomas, Ruiz disse que as infecções assintomáticas deveriam estar se reduzindo no mesmo ritmo das sintomáticas, acrescentando que provavelmente há infecções que não estão sendo relatadas.

 

Números da epidemia

 
Durante a epidemia foram notificados na Colômbia 99.721 casos de zika. Esse número, afirmou o responsável, é “muito menor” do que os entre 450.000 e 600.000 casos que tinham sido previstos no início da epidemia.

 
Do total, 17.730 casos ocorreram em grávidas. Entre estas mulheres, 12.587 já deram à luz e, desses bebês, 256 apresentaram malformações congênitas, entre as quais se encontra a microcefalia, e que podem ou não estar vinculadas ao zika, afirmou ante a imprensa a diretora do Instituto Nacional de Saúde, Martha Lucía Ospina.

 
Dentro desses casos, foram confirmados 21 de microcefalia associados ao zika, e 160 continuam em análise, segundo a France Presse.

 
Recentemente, ao divulgar recomendações para viajantes que pretendem vir ao Brasil para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a Opas/OMS lembrou da importância de os turistas e atletas se vacinarem contra sarampo e rubéola pelo menos duas semanas antes de viajar para não trazer esses vírus de volta ao Brasil.

 

 

G1.COM

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